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Terapia para a ansiedade

Inquestionavelmente, todas as aflições e todos os desapontamentos que aturdem o ser humano procedem-lhe do Espírito que é, atado aos conflitos que se derivam das malogradas experiências corporais transatas.

O Self, ao longo das vivências acumuladas, exterioriza as inquietações e culpas que necessitam de ser liberadas mediante a catarse pelo sofrimento reparador, a fim de harmonizar-se.

Quando isso não ocorre, o ego apresenta-se estremunhado, inquieto, ansioso…

Especificamente no distúrbio da ansiedade, esses fenômenos atormentadores sucedem-se, como liberação dos dramas íntimos que jazem no inconsciente profundo – arquivados nos recessos do períspirito – e afetam o sistema emocional.

A terapêutica libertadora há que iniciar-se na racionalização do tormento, trabalhando-o mediante a reflexão e a adoção do otimismo, de modo que lentamente a paciência e o equilíbrio possam instalar-se nas paisagens interiores.

Psicoterapeutas hábeis conseguirão detectar as causas atuais da ansiedade — remanescentes das causalidades anteriores – liberando, a pouco e pouco, o paciente, através da confiança que lhe infundem, encorajando-o para os cometimentos saudáveis.

Transferindo os medos e as incertezas para o inconsciente, ei-los agora ressumando em forma de ansiedade, que poderá ser diluída após o trabalho de psicanálise nas suas origens.

O paciente, no entanto, como responsável pelo distúrbio psicológico, deve compreender a finalidade da sua atual existência corporal, instrumentalizando-se com segurança para trabalhar-se, adaptando-se ao esquema de saúde e de paz.

Nesse sentido, as leituras edificantes propiciadoras de renovação mental e emocional, as técnicas da Ioga, disciplinando a vontade e o sistema nervoso, constituem valiosos recursos psicoterapêuticos ao alcance de todos.

Nunca se esquecer, igualmente, de que a meditação, induzindo à calma e ao bem-estar, inspira à ação do bem, do amor, da compaixão e da caridade em relação a si mesmo e ao próximo, haurindo alegria de viver e satisfação de autorrealizar-se, entregando-se aos desígnios divinos, ao tempo em que realizará a tarefa de criatura lúcida e consciente das próprias responsabilidades, que descobriu o nobre sentido existencial.

A ansiedade natural, o desejo de que ocorra o que se aguarda, a normal expectativa em torno dos fenômenos existenciais compõem um quadro saudável na existência de todos os indivíduos equilibrados.

O tormento, porém, que produz distúrbios generalizados, tais: sudorese abundante, colapso periférico, arritmia cardíaca, inquietação exagerada, receio de insucesso, produz o estado patológico, que pode ser superado com o auxílio do especialista em psicoterapia e o desejo pessoal realizado com empenho para consegui-lo.

As aflições defluentes da ansiedade podem ser erradicadas, portanto, graças aos cuidados especializados, adicionados à aplicação da bioenergia por meio dos passes e da água fluidificada, que restauram o campo vibratório e revitalizam as células. Outrossim, o hábito da oração e o cultivo dos pensamentos dignificadores são o coroamento do processo curativo para o encontro da saúde e da paz.

Jesus, o Psicoterapeuta por excelência, asseverou no Sermão da Montanha (Mateus, 5:4): Bem-aventurados os que choram – recuperando-se das culpas e das mazelas -porque eles serão consolados.

Joanna de Ângelis – Do livro Conflitos Existenciais

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