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Homenagem a José, pai de Jesus

Segundo o Espírito Emmanuel, “José passou no mundo dentro do divino silêncio de Deus”. (livro: Levantar e Seguir/ psicografia de Francisco C. Xavier). Esse silêncio não era manifestação de quem não tinha o que expressar ou que se ocultava, pois ele falava com o coração, com o olhar, com as mãos nas ferramentas de trabalho na carpintaria, refletindo valores internos, numa demonstração profunda de que compreendia a importância do seu papel de protetor e orientador do menino Jesus.

A seu respeito, pouquíssimas informações existem. Apenas os trechos bíblicos que relatam o início da história de Jesus. Mas, Emmanuel, na bela mensagem citada acima, o classifica como um homem íntegro e exemplo de humildade. Alguém que “sem qualquer situação de evidência, deu a Jesus tudo quanto podia dar.”

José só começou a despertar o interesse dos estudiosos das religiões, a partir da admiração que Teresa d’Ávila (freira carmelita, que atuou durante a Contrarreforma) lhe devotava. Ela declara na sua autobiografia “Livro da Vida”: “Tomei por advogado e senhor o glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor salvou-me com maior lucro do que eu sabia pedir. Não me recordo de ter suplicado graça que tenha deixado de obter. Nunca deixei de ser atendida”.

Já parou para pensar que Maria e Jesus foram confiados por Deus a José? Será que existiria o cristianismo sem a presença dele? Quem teria a confiança de fazer o contrário do que estava sendo planejado, ao ouvir a orientação de um ser angelical, através de um sonho? Esse é José, o pai de Jesus.

Na família judaica, toda a autoridade era delegada ao pai. O patriarca era o primeiro do lar e desempenhava todas as funções: religiosas, econômicas e morais que fossem necessárias. A família de Jesus não fugiu a essa estrutura e o Espírito Humberto de Campos, no livro Boa Nova, confirma no terceiro capítulo, que Jesus viveu e se desenvolveu junto a José. Apresenta um homem com qualidades de liderança familiar, mas sem imposições. Um espírito pacífico e tolerante, que cumpriu fielmente a missão que lhe foi destinada.

Aproveito o momento, para estender esta homenagem dirigida a José, a todos aqueles que também receberam a missão de conduzir vidas, aos pais, que como porto seguro, oferecem orientação e amor para seus filhos.

Que José, pai de Jesus, abençoe amorosamente todos os pais!

Verônica Azevedo

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