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Grupos de Estudo: uma universidade aberta aos Espíritos

 “Libertei mil escravos. Poderia ter libertado outros mil, se eles soubessem que eram escravos.” Harriet Tubman

Será que temos consciência de que estamos todos matriculados na grande universidade do Espírito, cada um de nós realizando o seu curso de autodescobrimento?

Entendemos que as diversas situações em que nos encontramos: família, trabalho, serviço voluntário, relacionamentos são uma modalidade de treinamento para que a nossa alma desenvolva novas qualidades?

Já pensamos que os grupos de estudos nas casas espíritas são abençoadas oportunidades de tratamento e terapia espiritual para a disciplina e a educação de nossas emoções e sensações em desalinho?

Conseguimos perceber em cada livro devidamente inspirado, o mentor que busca nos orientar, o conselho que tenta nos advertir, o consolo que pode nos renovar o ânimo e a esperança?

Imaginamos que a necessidade de reflexão esteja restrita apenas ao estudo em um grupo? Ou conseguimos alargar a nossa mente ao perceber as lições se desdobrando em nosso cotidiano?

Quando projetados pelo sono físico, estaremos aptos a frequentar escolas no plano invisível, tendo por referência a nossa dedicação e fidelidade aos grupos de estudo que frequentamos na casa espírita?

Compreendemos o Espírito de Verdade, em sua célebre comunicação em Paris, no ano de 1860, ao nos alertar: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI item 5)?

O Codificador Allan Kardec registra a importância do estudo sério e continuado na Introdução de O Livro dos Espíritos: “Acrescentamos que o estudo de uma doutrina, tal como a Doutrina Espírita, que nos lança numa ordem de coisas tão nova e vasta, não pode ser realizado com proveito senão por pessoas sérias, perseverantes, isentas de ideias preconcebidas e animadas por uma vontade firme e sincera de chegar a um resultado.”

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, proclama o Cristo (João 8:32). Esta talvez seja uma das piores formas de escravidão: manter-se prisioneiro de sua própria ignorância. Inspirado nesta perspectiva, irradia o pensamento cristalino de Harriet Tubman: “Libertei mil escravos. Poderia ter libertado outros mil, se eles soubessem que eram escravos.”

Rafael dos Andes

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