CARE 48

O Evangelho Segundo o Espiritismo

CAPÍTULO VII
Missão do homem inteligente na Terra

Se Deus, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Ele.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos que a possuem, dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos… Ferdinando, Espírito protetor (Bordéus, 1862)

Jesus narrou a parábola dos talentos (Mt. 25,14-29), onde os servos que ganharam cinco e dois talentos multiplicaram o que receberam e o terceiro deles, que ganhou somente um, não sabendo o que fazer com o empréstimo, o enterrou.

A inteligência é um desses talentos que necessitamos valorizar. Se recebemos as facilidades de enriquecê-la que seja para usá-la em benefício de todos. O que seria de um professor que depois de longos anos de estudo e preparação não utilizasse seu dom para ensinar os ignorantes? E o médico, que não socorresse aos doentes? Estariam empregando mal a inteligência que lhes foi dada.

Todos estamos a caminho da perfeição e devemos cumprir as ordens de Deus nesse aperfeiçoamento. Se recebemos um corpo perfeito e a capacidades de evoluir, é nosso dever utilizar as oportunidades para crescermos intelectualmente e ajudarmos nossos irmãos de jornada. Assim, nós estaremos colaborando, para o adiantamento da humanidade.

Porém, se utilizarmos mal o dom da inteligência, como aqueles que criam armas nucleares, os que destroem o meio ambiente, os irmãos adoecidos que usam crianças para terem prazer, teremos os talentos retirados.

Cabe a cada um multiplicar os dons recebidos, tendo sempre em mente que não evoluiremos sozinhos. Servindo e ajudando uns aos outros, chegaremos ao Mundo de Regeneração.

Ângela M. Camargo

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