CARE 48

Editorial

O ano de 2020 foi totalmente atípico. Um ano de grandes desafios, de grandes reflexões, de grandes mudanças. Um ano que se tornou grande pelos abalos gerados em cada um de nós, na promoção de uma nova era.

Em 1971, o Brasil parou para assistir ao pinga fogo com nosso querido Chico Xavier, através da TV Tupi.

Em dado momento, Helle Alves, jornalista, fez o seguinte questionamento ao grande médium de Uberaba: “Eu queria saber agora o seguinte: Os espíritas dizem que os renascimentos sucessivos da criatura humana têm por objetivo a sua evolução. Outras correntes espiritualistas como os teosofistas, os messiânicos, também dizem que nós estamos no limiar de uma era de grande beleza, a era de Aquário, na qual a humanidade será muito feliz. Eu gostaria de perguntar ao senhor o seguinte: se temos mais de uma dezena de séculos de evolução, se estamos no limiar de uma era de encontro da criatura humana consigo própria, como que o senhor explica as violências do mundo atual como a guerra do Vietnã, a violência da sociedade de consumo. Isso a nosso ver, não representa uma grande evolução da humanidade.”

Chico, com toda humildade, responde: “Esses fenômenos todos — diz o nosso Emmanuel que está presente — caracterizam mesmo o período de transformação em que nós nos encontramos. Diz ele: O nosso companheiro materialista dirá: Natureza. Mas para nós os religiosos, Natureza é sinônimo de manifestação de Deus. Então Deus cria a Natureza, Deus cria a vida, mas o homem, os homens ou as mulheres do planeta são filhos de Deus e podem modificar a criação de Deus. Nós nos encontramos no limiar de uma era extraordinária, se nos mostrarmos capacitados coletivamente a recebê-la com a dignidade devida. Se os países mais cultos do globo puderem suportar a pressão dos seus próprios problemas, sem entrar em choques destrutivos, como, por exemplo: guerra de extermínio, que deixará consequências imprevisíveis para nós todos no planeta, então veremos uma era extraordinariamente maravilhosa para o homem, porque a própria automação — diz ele — nos está dizendo que vamos ser aliviados ou quase que aposentados do trabalho mais rude no trato com o planeta, para a educação da nossa vida mental, através de informações sobre o Universo com proveito enorme, proveito incalculável para benefício da humanidade. Mas isso terá um preço. Será o preço da paz. Se pudermos nos suportar uns aos outros, amar uns aos outros, seguindo os preceitos de Jesus, até que essa era prevaleça, provavelmente no próximo milênio, não sabemos se no princípio, se nos meados ou se no fim. O terceiro milênio nos promete maravilhas, mas se o homem, filho e herdeiro de Deus, também se mostrar digno dessas concessões. Senão vamos aguentar nós todos, talvez com as estacas zero ou quase zero para recomeçar tudo de novo.

Emmanuel, através das palavras de Chico, nos mostra, portanto, que se soubermos nos suportar uns aos outros, amar uns aos outros, seguindo os preceitos de Jesus, a nova era chegará repleta de maravilhas para todos nós.

Iniciamos, portanto, o ano de 2021 na esperança de que esse seja o ano da esperança, da paz, do amor, do crescimento de todos, enfim, da nova era.

Muita paz!

Boa leitura!

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