CARE 48

“O que para ti e para mim?” (Jo II, 4)

Aquela ficou sendo uma circunstância especial! Ele houvera sido convidado, juntamente com sua mãe, para bodas em Caná da Galileia.

Ela, que já houvera, como parente, ajudado nos preparativos para a festa, auxiliava, agora, dando conta de auxiliar no casamento mesmo observando tudo ao seu redor, atentamente. Os convidados que chegavam, o atendimento dos serviçais, a quantidade, a qualidade e a disponibilidade da comida e o vinho, ah! o vinho que, de repente, sem que ninguém atentasse chegava ao final.

Ele, como de costume, desperto e luminescente, conversava tranquilamente entre os convivas dos nubentes.

Ela, responsável, recorre ao filho para socorrer os noivos sem perturbá-los e nem à festa.

Ele, serenamente, dá-lhe atenção e pergunta! Mãe! O que para ti e para mim?

Ela, também serenamente, orienta os serviçais a fazerem tudo o que ele ordenasse.

Ainda não era chegada a hora dele, mas água se torna vinho e a festa: a alegria de todos.

Àquela época, como hoje, vemo-nos ocupados, atentos, tantas vezes, confusos entre as tarefas do cotidiano. Nesses momentos… o que para Ele e para nós?

Para nós? Simples!

— Despertar, de preferência, antes do sol nascer.

— Postar-se em posição de respeito e subserviência e orar bendizendo, agradecendo e pedindo.

— Levantar-se e ocuparmo-nos em atender às necessidades de higiene e de nutrição do corpo.

— Após isso, aproveitar cada sagrada hora de atividade como culto ao trabalho: nas tarefas domésticas como nas profissionais; na atenção familiar como no auxílio fraterno em geral.

— Bendizer o Senhor diante do espetáculo miraculoso da vida que se mostra no sol, no céu, nas nuvens; no solo, na árvore, no fruto; no irmão, na irmã, no outro, no próximo.

— Dar um sorriso aqui! Um abraço acolá! Um aperto de mão sincero! Um ósculo em face materna!

Ah! Para nós! Tanta tarefa cotidiana, tanta responsabilidade! Sagradas atividades a nos ocuparem a mente, a nos mobilizarem o coração! Atendemo-las paciente e solicitamente! Porque esta é a nossa parte. É o que nos cabe! Façamos, diligente e alegremente, cada tarefa, cada atividade com os pés no chão e a mente e o sentimento nos céus de onde vem a inspiração dEle.

Para Ele? Ah! Para ele! O de sempre, desde sempre: todo amor por nós.

Josemare Pires
Paulo Henrique Monteiro

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