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O livro do Apocalipse e as memórias do futuro  – Parte 1

A desconstrução de um mito

O estudo do Apocalipse traz o desafio de identificar quais eventos no tempo e no espaço estão referidos nas suas linhas.

Nosso objetivo será defender a tese de que há uma visão distorcida sobre o livro Apocalipse, largamente associado a eventos pessimistas. Pretendemos desconstruir esse mito e provar que a obra escrita por João Evangelista, enquanto exilado na ilha de Patmos pelo império romano, aponta na verdade para a germinação da semente do Evangelho no mundo e para a consumação da Boa nova entre os povos.

Incentivados pelo exercício da fé raciocinada, indagamos: se o Evangelho inaugura o Novo Testamento com a Boa Nova de Jesus, por que razão o Apocalipse não seria a consumação da sublime notícia entre a humanidade?

Eis alguns pontos que abordaremos nas próximas edições: o interesse e a contribuição do pai da Física, Isaac Newton, para a interpretação do Apocalipse; as equações apocalípticas e o seu significado para os dias atuais; as chaves hermenêuticas fornecidas pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier para nos posicionarmos no relógio cósmico chamado Apocalipse. Estaremos, literalmente, abrindo as memórias do futuro.

Na Revista Espírita de fevereiro de 1868, pág. 86-87, lê-se: “Muitas vezes tendes lido a revelação de João e vos perguntastes: Mas, que quer ele dizer? Como se cumprirão essas coisas surpreendentes? Agora chegou o tempo em que uma parte dessas predições vai cumprir-se…”

O benfeitor Emmanuel, no livro A Caminho da luz, capítulo XIV, afirma: “Vê-se, pois, que o Apocalipse tem singular importância para os destinos terrestres.”

Enquanto preparamos o material para as próximas edições, convidamos o leitor interessado a assistir a palestra gravada no canal da FEAK no YouTube: Rafael Andes – o apocalipse revelado: abrindo as memórias do futuro.

Por fim, concluímos que o Apocalipse encerra símbolos especiais para a educação moral do homem.

Rafael dos Andes

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