CARE 46

Guerra e paz

Lançando um olhar pela história da humanidade, vemos que, desde os tempos imemoriais, os seres humanos se juntaram para lutar uns contra os outros.

Assim, são incontáveis as guerras promovidas pelos mais diferentes motivos. Nenhum, realmente, justifica esta ação. As guerras nascem de dentro de cada um de nós.

Em O Livro dos Espíritos, que foi codificado por Allan Kardec, na questão 742 temos a pergunta “Que é o que impele o homem à guerra?” Resposta: “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões (…)”.

São as ânsias internas geradas pelo egoísmo e pelo orgulho, pela necessidade de poder, de dominar de ter mais do que o outro.

E assim, durante séculos e mais séculos os conflitos se sucedem, tendo por base os instintos mais ferozes e fazendo mau uso da inteligência.

Jesus veio ensinar a Boa Nova como um caminho universal para alcançarmos o sentido do amor que dará, quando o adotarmos, as melhores soluções para os desafios que forem surgindo no decorrer da caminhada humana pela Terra. O amor é a palavra chave para todas as vivências; com ele, aprenderemos a sentar diante de uma mesa de negociação para dialogar e achar a melhor resposta para os conflitos, até que um dia não os haja mais. 

Esse é um longo caminho a percorrer não só para um número restrito de indivíduos, mas para todos nós.

Para tanto, precisamos nos conscientizar de que fomos criados por Deus para fazer parte, para compartilhar, para trabalhar e produzir a paz e o bem. Somos parte da luz; no entanto, insistimos nos obscuros caminhos do mal. Mas, ainda (ou já) é tempo de superarmos a nossa mesquinhez, a nossa ganância de ter e de ser. Atentemos para estas palavras de Jesus: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem Vosso Pai que está nos céus” (Mt, 5:16).

Ana Lúcia Araújo

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