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O autismo na visão espírita

No livro A Gênese, no capítulo VIII, item 7, Allan Kardec afirma: “O desenvolvimento orgânico está sempre em relação com o desenvolvimento do princípio intelectual. O organismo se completa à medida que se multiplicam as faculdades da alma. A escala orgânica acompanha, constantemente, em todos os seres, a progressão da inteligência, desde o pólipo até o homem, e não podia ser de outro modo, pois que a alma precisa de um instrumento apropriado à importância das funções que lhe compete desempenhar”.

Essa informação é o alicerce para a compreensão do tema, pois o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), mais conhecido como Autismo, é uma alteração no processo de desenvolvimento neurológico, que desponta, principalmente, nos primeiros anos de vida física do ser, podendo se apresentar com estágios diversos, variando de intensidade.

O autismo, na visão espírita, representa uma experiência para o espírito, uma vez que os desafios a serem vencidos são degraus da escada da evolução, podendo ser uma prova iluminativa, solicitada pelo próprio Espírito reencarnante.

Não há como determinar qual o real motivo espiritual para que o indivíduo apresente autismo, porém, como somos todos regidos pela Lei de Ação e Reação, com certeza o Espírito está se aprimorando, visando seu progresso evolutivo, como demonstra a Parábola dos Talentos contada por Jesus (Mt 25: 14-30), onde aqueles que negligenciaram os dons recebidos, enfrentarão novas oportunidades de crescimento.

A Doutrina Espírita dispõe de terapias valiosas para auxiliar o espírito que por ora se apresenta com autismo: passes, água fluidificada, reuniões mediúnicas, atendimento fraterno, preces, culto do Evangelho no lar, participação na evangelização infantil ou nos grupos de Mocidade. Outro fator essencial é que a família que acolhe uma criança com autismo ofereça amor e paciência, além de buscar apresentar Jesus, desde cedo, pois o Grande Pastor acompanha carinhosamente todas as ovelhas do seu rebanho!

Verônica Azevedo