CARE 45

Um respiro de 40 dias e uma reflexão

Qual será a atitude construtiva diante de uma pandemia global?

Na busca por orientação segura para o desafio presente, o grupo de estudos no qual participo na FEAK (Fundação Espírita Allan Kardec) decidiu estudar o capítulo 18 de A Gênese, codificada por Allan Kardec, cujo título é: São chegados os tempos. Junto à obra do Codificador, empreendemos um paralelo com o Apocalipse, último livro do Novo Testamento.

Eu irei compartilhar com os leitores um breve trecho dos nossos estudos. A passagem espelhada no Apocalipse encontra-se no capítulo 7, em riquíssima linguagem simbólica, mas repleta de realismo. João avista quatro anjos mensageiros RETENDO OS VENTOS DA TERRA, fazendo cessar todo o movimento nas águas, na terra e no ar. Na visão, o evangelista João contemplou o planeta, com mares, céus e cidades sem movimento, algo impensável e até improvável. Porém, neste ano de 2020, pela primeira vez na história, embarcações cessaram de cruzar os oceanos. Os céus, rasgados por aviões, ficaram em silêncio, com voos suspensos. A fumaça que subia das fábricas, manchando de cinza o lindo céu azul, deu uma trégua. E em terra, milhões de veículos deixaram de circular em ruas e avenidas. Pelo menos, por algum tempo.

João avistou também anjos mensageiros que controlavam as pestes e a destruição, em estado de prontidão. Que visão! Há 2000 anos. O contexto sugere uma mensagem impactante para a humanidade. Para que acumularmos tantas coisas? Por que desperdiçarmos tantos recursos? Até quando correremos enlouquecidos e insaciáveis?

 “A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana.” (A Gênese, capítulo 7, item 20).

Qual a melhor atitude? Esperança? Solidariedade? Consciência? Estamos, hoje, colhendo o que plantamos ontem e o amanhã já está sendo semeado… agora.

Prossigamos, confiantes, com Jesus e Kardec!

Rafael dos Andes