CARE 67

Bom ânimo, tempos novos

Nossa querida irmã Suely Caldas Schubert, em seu livro “Ante os tempos novos”, narra a sequência de trabalhos que ela e Divaldo realizaram nos EUA e na Europa, com grande sucesso para a propagação do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita. Ao analisar a razão de sempre se depararem com grande público, apesar das adversidades climáticas, hábitos alimentares diferentes, etc., concluíram que as pessoas estavam necessitando de Jesus, queriam ouvir falar Dele, sentiam sede dos ensinamentos do Mestre.

Hoje, como ontem, a sede continua, porque não utilizamos a água viva que Ele nos dá em abundância. Num momento pós-pandemia que estamos passando, a sede aumentou – porque vimos mais claramente que temos a água viva há 2023 anos, mas não mitigamos a sede com ela.

Em 1857, Kardec publica a 1ª edição de “O Livro dos Espíritos” (OLE) e, demonstrando a necessidade de utilizarmos a água viva, segue com bom ânimo, corajoso e aguerrido, a nos ofertar as matérias que os Espíritos amorosos nos traziam em nome do Cristo, orientados por Ele… sempre Ele a nos chamar…

No ano de 1858, inicia a publicação da Revista Espírita que, por 12 anos à frente, continuou a escrever até sua desencarnação; no mesmo ano, funda a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; em 1859 publica o livro “O Que é o Espiritismo”; em 1860 publica a 2ª edição de OLE e em 1861 publica “O Livro dos Médiuns” (OLM), resultante de opúsculo que houvera publicado antes orientando a importância de utilizar com responsabilidade, à luz da razão, tanto material chegado às mãos da humanidade em tão pouco tempo.

Sem alongarmos muito, vamos lembrar apenas que em 1864, publicou o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, em 1865 publicou o livro “O Céu e o Inferno” e em 1868 publicou o livro “A Gênese”.

Apreciando tanto trabalho em tão pouco tempo, pois citamos aqui apenas os principais, nesta demonstração de Kardec, clara e amorosa, de bom ânimo e disposição de servir com o Cristo, demo-nos as mãos, buscando o trabalho com Jesus sem esmorecer, com coragem, fortalecendo-nos com belíssimas mensagens de Bezerra de Menezes:

“Era Nova esta, meus filhos! Exultai e amai! Cantai o Evangelho de Jesus aos ouvidos moucos que sejam, mas que se impregnarão da sinfonia inolvidável das bem-aventuranças, desde os que transitam nas classes mais sofridas, que são considerados os excluídos da sociedade, até aqueles que administram os destinos dos povos…” (psicografia de Divaldo Franco na reunião do CFN em Brasília – DF – 2011).

“O Movimento expande-se; nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita(…). Confiai, filhos dedicados! Vossos passos na Terra devem deixar sinais que possam servir de roteiro para os que vierem depois.” (psicografia de Divaldo P. Franco – CFN 10-11-1996 – Reformador jan-1997 p. 11).

Prossigamos juntos, com Jesus e Kardec, atendendo novamente à rogativa do Mentor amigo, Bezerra de Menezes:

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência.” (psicografia de Francisco C. Xavier – Reformador dez/ 1975).

Nestes tempos novos, “(…) aprendamos a sacrificar no altar do coração, a ascensão divina dos sentimentos para o amor de Deus.” (Emmanuel, O Consolador q. 311).

Com a água viva em nossas mãos, saciemos a nossa sede de eternidade e caminhemos firmes na construção de um mundo melhor, amparados pelos ensinamentos de Jesus e Kardec.

Geraldo Sebastião Soares

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