CARE 63

Visão de futuro do espiritismo

Detendo-nos apenas nos dois primeiros itens do rico e iluminado plano de trabalho elaborado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), para o período 2023/2027, em seu capítulo II somos incitados a profundas meditações. Nele, deparamo-nos com a citação de O Livro dos Espíritos “(…) o que caracteriza a Revelação Espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.”

Podemos perceber o quanto somos cuidados por Deus. Conforme a promessa de Jesus (Jo, 14:16-17) sobre o envio de um consolador, vem a lume O Livro dos Espíritos, em 1857, sob a coordenação do Espírito de Verdade. Allan Kardec, com sua pedagogia magistral, traz para nós em O Evangelho Segundo o Espiritismo, (intr. item II), quando nos informa sobre a Autoridade da Doutrina dos Espíritos: “Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espíritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo­-nos em condições de observar sobre que princípio se estabelece a concordância. Essa observação é que nos tem guiado até hoje e é a que nos guiará em novos campos que o Espiritismo terá de explorar. Porque, estudando atentamente as comunicações vindas tanto da França como do estrangeiro, reconhecemos, pela natureza toda especial das revelações, que ele tende a entrar por um novo caminho e que lhe chegou o momento de dar um passo para diante.”

Ainda no plano de trabalho, a FEB cita que “pela influência que exercem, as ideias espíritas são uma garantia de ordem e tranquilidade, pois tornam melhores os homens uns para com os outros, menos ávidos de interesses materiais e mais resignados aos decretos da Providência.”

Numa sequência de reflexão, continuamos observando o cuidado da Divindade, quando nos propicia a convivência familiar, entre membros de uma empresa, como membros de uma agremiação espiritista, na luta constante conosco mesmos de sermos um pouco melhores hoje do fomos ontem. É justamente no contato com o próximo que aprenderemos a dar mais valor ao ser do que ter, ou seja, dar mais valor à criatura do que às coisas e, nesta direção, iremos construindo a ordem entre nós que redundará fatalmente, na sociedade mais justa e mais fraterna, consequência natural de corações renovados. O Espiritismo desta forma, vai nos mostrando o futuro, abrindo o horizonte de entendimento, e fazendo com que percebamos o verdadeiro sentido da vida, na evolução infinita rumo ao Amor de Deus.

Geraldo Sebastião Soares

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