CARE 59

Aceita a correção II

Quando começamos a meditar nesta fase de regeneração do Planeta com aflições e dores, em que todos estamos inseridos, dois pontos importantes se destacam à nossa frente: O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo I, item 5 onde Allan Kardec cita: “(…) É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que Ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil. (…)”; se buscarmos também os comentários de Emmanuel, (Livro Fonte Viva, cap. 6), vamos perceber que a Doutrina Espírita alarga nosso horizonte de visão quando nos levando a observar a natureza, nos convida a perceber a presença Divina em tudo quanto nos rodeia, especialmente na natureza, nos mostrando que, DEUS, a “Inteligência Suprema” (O Livro dos Espíritos, Questão 1), a tudo cria e sustenta por seu Amor infinito.

Podemos observar que tanto a Terra quando arada sofre o sulco necessário, bem como a poda de uma árvore são processos naturais, necessários ao crescimento e melhor produção. Assim também, o ser humano necessita das dificuldades para seu próprio crescimento, seja através de expiações ou provas. À medida em que aceita com resignação os revezes da vida tendo em vista seu próprio crescimento, estará quitando débitos anteriormente contraídos enquanto se, ao contrário, se revolta ou se mantém em murmurações infelizes, estará adquirindo novos comprometimentos para o futuro.

Observamos que a pedagogia Divina utilizada por Emmanuel, nos leva a observar o entorno de nós, perceber a presença de Deus em tudo e em todos.

Meditando um pouco, temos melhores possibilidades e interesse no autoexame, olhando para dentro de nós, numa viagem interior, buscando novos horizontes de aprimoramento individual.

Nessa busca da individuação, vamos aos poucos, aprendendo a viver como irmãos e dilatando a fraternidade em nossos corações, colaborando, assim, para a regeneração da Terra, cooperando com a obra da Criação, progredindo e ajudando o progresso do todo.

Observamos que o sofrimento individual que se tornou coletivo, funciona para nossos corações como grande poda, que após meditada e consequentemente corrigida, nos propiciará certamente grandes renovações e os frutos certamente serão muito diferentes no porvir. Sejamos, portanto, como o bom agricultor que, zelando pela nova plantação, é o primeiro a gozar dos frutos resultantes de nossa nova jornada, agora, iluminada, porque estaremos caminhando com Jesus, sempre! (Mc, 10:52).

Geraldo Sebastião Soares

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