CARE 58

O caminho da cura

A Gênese, livro da Codificação Espírita, feita por Allan Kardec, apresenta no capítulo XV um esclarecedor estudo sobre os milagres do Evangelho. Jesus trouxe, para a humanidade, conceitos novos que ficarão para sempre na mente e no coração.

Em primeiro lugar, anunciou a presença de um Deus criador de tudo e de todos, cheio de bondade e de misericórdia. Não era o Deus das guerras, vingador e propiciador de vitórias para um determinado povo escolhido. Era e é um Deus Universal!

Então, Jesus se fez instrumento de sua paz. Ensinou e viveu tudo o que ensinou. Ele é o Espírito mais perfeito que já passou pela Terra. Por onde andou, arrastou uma infinidade de pessoas doentes, infelizes e sedentas da Nova Mensagem. Até então, nenhuma pessoa havia falado com tamanha doçura e despertado tantas esperanças.

Allan Kardec vem, no citado livro, explicar o mecanismo da manipulação dos fluidos que Jesus utilizou para realizar tantas curas.

Ele tinha dupla vista, isto é, a capacidade de ver com os olhos do corpo e do espírito. Percebia o comprometimento daqueles doentes perante as leis de Deus. Curava o corpo e recomendava ao espírito que não pecasse mais, para que nada de mal lhe acontecesse.

Essas coisas se passaram há mais de dois mil anos. No entanto, a validade de seus ensinamentos e de suas ações permanece como um grande farol a iluminar os caminhos de toda a humanidade.

Hoje, ao estudar as Obras Básicas do Espiritismo, entendemos os recursos de que Jesus lançou mão para realizar tantas curas. Tudo o que Ele fez são como pegadas de luz para marcar o caminho que nos leva a Deus. Sua luz imperecível emana de suas palavras orientadoras e curadoras.

Duas afirmações eram imprescindíveis no momento da cura. Primeiro Jesus indagava: “que queres que eu faça?” e depois, “Tua fé te curou” indicando que no processo de cura necessário se faz uma ação ativa do doente.

Hoje, caminhamos, ainda que em passos lentos, para a cura, para o crescimento espiritual. O mal que existe em nós vai, aos poucos, dando lugar ao bem. É preciso ter fé e agir ativamente no bem.

O Mestre já indicou o caminho, trouxe conceitos novos como caridade e fraternidade entre todos. Já conhecemos o Consolador Prometido, que é o Espiritismo, para que renovemos nossa crença na mensagem ensinada há tanto tempo. E, se prestarmos atenção, num momento de profunda reflexão, poderemos ouvir a voz de Jesus a nos inquirir: que queres que eu faça?

Resta uma pergunta diante de tudo o que Jesus ensinou: o que queremos fazer?

Ana Lúcia Araújo

Página 9