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Os apelos do Cristo

Esse é o título do capítulo 8 do livro “Em serviço Mediúnico”, do espírito Hans Swigg, psicografado por José Raul Teixeira. A palavra apelo pode ser entendida como chamamento, convocação. Em o Novo Testamento, temos noticia que os primeiros a serem chamados/convocados foram: PEDRO (pescador), ANDRÉ (irmão de Pedro, que foi discípulo de João Batista), TIAGO (pescador), JOÃO (irmão de Tiago) e MATEUS (cobrador de impostos).

Quando Jesus chama Pedro, André, Tiago, João e Mateus, é que lhes conhecia a disposição íntima e sabia que eles o acompanhariam e eram capazes de desempenhar a missão que tencionava confiar-lhes. E mister se fazia que eles próprios tivessem intuição da missão que iriam desempenhar para, sem hesitação, atenderem ao chamamento de Jesus.

O encontro com o Mestre, e o subsequente chamamento de Jesus, os fazem recordar a missão que tinham assumido antes daquela experiência reencarnatória, quando se encontravam no plano espiritual. Daí o atendimento imediato, colocando em planos secundários a família e as obrigações profissionais. Frente a frente com o Cristo, os apóstolos recordam, ainda que de forma incompleta, que deveriam realizar algo grandioso que concorreria para a harmonia do Universo, porque estariam executando a vontade de Deus, na categoria de seus ministros. (Gen.  Cap 15 item 9).

Hans Swigg assevera que ricas são as almas que procuram servir a Jesus. Iluminadas por essa disposição, participam do trabalho ingente (grande/poderoso) de cada dia, cooperando na renovação psíquica do mundo, ainda que a sua cota de oferecimento pareça insignificante.  Venturosas são as almas que avançam no roteiro da reestruturação individual.  Fortalecidas por esse ideal, atuam positivamente, na construção de um planeta melhor, mesmo que ninguém destaque a sua luta, supondo sejam da mesma craveira (medida) daqueles que perdem a bênção do tempo, construindo amargores. Portanto, quem deseja a paz do Cristo deve servir.   Servir implica tornar-se um agente do progresso. O genuíno servidor aprimora seus talentos pelo estudo e pela reforma íntima, utilizando esses recursos na construção de um mundo melhor. Importa seguir servindo sempre, em busca da edificação espiritual definitiva. Indispensável caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em degraus de ascensão.

Continua asseverando Hans Swigg: “Lamentavelmente, o que se vê é o aumento daqueles que vão da tormenta à tragédia, do desequilíbrio ao desespero, da frieza moral ao crime. Todos carecem de maior dose de esclarecimento em favor da lucidez, a fim de que possam reerguer a própria intimidade, pouco a pouco.”

No livro Pão Nosso, Emmanuel ensina que ninguém se engane nas estações de falso repouso. Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se e atender ao Cristo, diariamente.

Aqueles (médiuns) que aceitaram o apelo do Cristo, ajustados às naturais disciplinas que a função lhes exige, tornam-se valorosos cooperadores do Senhor no socorro a esses descoroçoados (desanimados) seres que deambulam, estonteados, ou que jazem inermes (desarmados) nos torturantes processos de íntima desagregação.

Hans Swigg termina o capítulo renovando os Apelos do Cristo dizendo:  Quando te defrontes com magotes (agrupamento) de desesperados, de irrequietos seres, no longo e grave caminho das tuas atividades mediúnicas, pensa em Jesus.

E, pensando no dúlcido e amoroso Amigo, envolve-os com tuas melhores energias; apresenta-lhes o teu melhor esclarecimento; oferece-lhes as doses de bondade, as drágeas de esperança, e o agasalho da ternura, já que te sentes rico e venturoso pelas escolhas bem aventuradas que fizestes de ajudar os caídos da estrada comum, VIVENCIANDO as lições de vida plena, legadas pelo CRISTO a todas as ovelhas bem dispostas do seu rebanho.

Luiz Eduardo Prado de Oliveira

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