CARE 58

Aceita a correção

Quando meditamos nesta fase de regeneração do planeta, onde percebemos ainda muitas aflições e dores, algumas questões importantes se destacam. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo I, item 5, Allan Kardec cita: “ (…) É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que Ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil. (…)”. Emmanuel, no livro Fonte Viva, capítulo 6, nos orienta que vamos perceber que a Doutrina Espírita alarga nosso horizonte de visão quando nos levando a observar a natureza, nos convida a perceber a presença Divina em tudo quanto nos rodeia, especialmente na natureza, nos mostrando que, DEUS, a inteligência suprema, a tudo cria e sustenta por seu amor infinito.

Podemos observar que tanto a terra quando arada sofre o sulco necessário, quanto a planta sofre a poda para desbaste de ramos inúteis são processos naturais, necessários ao crescimento e melhor produção. Assim também o ser humano necessita das dificuldades para seu próprio crescimento, seja através de expiações ou provas. À medida em que aceita com resignação os revezes da vida tendo em vista seu próprio crescimento, estará quitando débitos anteriormente contraídos enquanto se, ao contrário, se revolta ou se mantém em murmurações infelizes, estará adquirindo novos comprometimentos para o futuro.

Observamos que a pedagogia Divina utilizada por Emmanuel, nos leva a observar o em torno de nós, perceber a presença de Deus em tudo e em todos. Meditando um pouco, temos melhores possibilidades e interesse no autoexame, olhando para dentro de nós, numa viagem interior, buscando novos horizontes de aprimoramento individual.

Nesta busca da individuação, vamos aos poucos, aprendendo a viver como irmãos e dilatando a fraternidade em nossos corações, colaborando assim para a regeneração do planeta, ou seja, cooperando com a obra da criação, progredindo e ajudando o progresso do todo.

Observamos assim, que o sofrimento individual que se tornou coletivo, funciona para nossos corações como grande poda que, após meditada, nos propiciará certamente grandes renovações e os frutos serão muito diferentes no porvir. Sejamos, portanto, como o bom agricultor que, zelando pela nova plantação, sejamos os primeiros a gozar dos frutos, resultantes de nossa nova jornada, agora, iluminada, porque caminharemos com Jesus, tal como os discípulos, na estrada de Emaús.

Geraldo Sebastião Soares

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