CARE 56

O que fazer com tanta informação?

Não é surpresa para ninguém que estejamos vivenciando uma época de excesso de informação e, por que não dizer, desinformação.

Será que precisamos estar tão informados assim? Ler tudo, assistir tudo? Em 2005, o YouTube disponibilizou seu primeiro vídeo. Hoje possui mais de um bilhão de usuários. O Facebook apareceu em 2004 e hoje são mais de 1,4 bilhões de usuários.

Há 10 anos, 1 bilhão de pessoas tinham acesso à internet. Hoje são 3 bilhões com este acesso.

O volume de dados criado apenas entre os anos de 2014 e 2016 foi maior que a quantidade produzida ao longo de toda a história da humanidade.

Só o Google realiza 3,5 bilhões de buscas por dia. Se uma única pessoa fosse assistir todos os vídeos que o YouTube veicula em 24 horas, levaria nada menos que 2.739.726 anos para cumprir essa tarefa!

A chamada globalização digital democratizou o acesso à informação, fomentou a pesquisa e possibilita um crescimento profissional sem precedentes para quem demonstra interesse em adquirir conhecimento.

Mas, informação não é conhecimento. Se entendermos bem, a informação tem vida curta, passa logo. O conhecimento, não. Não tem limitação temporal. É de resultado duradouro, porque é aplicável. O conhecimento proporciona mudanças. Mudanças que ressignificam as informações. Então, o conhecimento agrega informações que serão dinamicamente utilizadas e reutilizadas, gerando mudanças e aplicações práticas para uma infinidade de objetivos.

Regras práticas de como obter as informações que geram conhecimentos que serão úteis:

A) Saiba o que quer! Quer saber sobre Espiritismo, mediunidade, obsessão, passe, doutrina e filosofia espiritas? Que estes sejam os temas de sua pesquisa.

B) Avalie suas fontes. Ainda há pessoas que acham que, por estar na internet, as informações são fidedignas. Cheque a fonte e verifique a procedência da informação. Procure as páginas que são sabidamente de credibilidade. Se pesquisar algum assunto relativo aos fenômenos mediúnicos, por exemplo, observe as fontes, as citações e bibliografia do texto citado.

C) Transforme informação em conhecimento. Nem sempre o conhecimento vem pronto. Precisamos adquirir o hábito de, com seriedade, construir conhecimento com autonomia.

D) Não ceda à ansiedade digital. Quem navega aleatoriamente, não chega a lugar nenhum. Sem disciplina, geramos uma ansiedade de ver e informar-se de tudo. As informações estão sempre disponíveis na internet, como fotos de celebridades, notícias alarmistas, fofocas outras, mas o tempo perdido não volta.

Digite, por exemplo, em algum buscador: “Texto sobre o Jesus e a reencarnação”. E observe a quantidade de páginas com excelentes fontes de conhecimento para seu crescimento.

Levando-se em conta que instruir-se é adquirir conhecimento e aplicá-lo, vemos no livro Obras Póstumas, página 394 (1980), Allan Kardec nos ensinando que “é pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade.”

E vemos em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VI, O Cristo Consolador, item 5: “Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.”

[As informações deste texto foram garimpadas da internet. Pesquise você também. A bibliografia está lá.]

Fernando Emílio Ferraz Santos

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