CARE 55

Bullying

Segundo uma pesquisa publicada pela UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância, em 09/2019, 36% dos jovens brasileiros informaram já ter faltado à escola após sofrerem bullying, tornando o Brasil o país com maior percentual nesse levantamento.

Bullying é definido como o uso de força física ou psicológica, ameaça ou coerção para abusar, intimidar ou dominar agressivamente outras pessoas de forma frequente e habitual.

Na maioria das vezes, os alvos são crianças e/ou jovens retraídos, franzinos ou robustos, portadores de deficiências ou que, por qualquer motivo, não se enquadram em alguns “padrões” referendados pela sociedade.

E os autores? São aqueles que demonstram uma índole ameaçadora e que não foram contidos nesse comportamento insensato.

Há também um terceiro grupo: os espectadores, que são as testemunhas, podendo atuar como responsáveis pela continuidade do conflito.

Allan Kardec nos legou direcionamentos quanto ao modelo de educação que devemos ofertar às crianças, sempre pautado na evolução espiritual do ser, ressaltando o respeito às diferenças. Devemos educar nossos filhos na condição de Espíritos eternos que são, compreendendo que a existência não se limita à atual apenas. O Codificador ainda alerta que: “Nessa fase (a infância) é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas”.[i]  

Assimilando esta realidade, os pais mostrarão aos filhos o respeito com os contrastes existentes no mundo, para que esses compreendam, que vivemos numa sociedade de inúmeras particularidades e que não se justifica a prática desta violência.

Jesus afirma em João 13:34-35: “Amai-vos uns aos outros…” e o bullying se sustenta no desprezo, na maldade, na intransigência, mostrando que esta atitude está em total discordância com o roteiro Divino. Daí a necessidade da convivência dos pequenos com Jesus desde o nascimento, para que possam interiorizar o Seu exemplo e, futuramente, venham agir com responsabilidade diante de seus atos, fazendo aos outros somente o que gostariam que fizessem a eles.

A frequência das crianças nas aulas de Evangelização da instituição espírita, assim como a participação no Culto do Evangelho no Lar são momentos adequados para as reflexões acerca dos valores morais e espirituais, que serão semeados no fértil coração infantil, visando aprimorar seus sentimentos na direção do amor!


[i] O Livro dos Espíritos, questão 385.

Verônica Azevedo

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