Crianças inquietas
“No meu tempo as crianças eram mais calmas…” você certamente já ouviu esta afirmativa. E com certeza eram mesmo. Tudo progride. Os Espíritos progridem. E esta geração que chega é diferente, é a geração do futuro, formada de Espíritos que vão auxiliar na regeneração do nosso planeta, como nos diz Allan Kardec no livro A Gênese.
Pais procuram as instituições espíritas dizendo que seus filhos são muito agitados, que precisam de uma ajuda espiritual para acalmá-los. Afirmam que recebem queixas da escola, pois estes terminam de forma muito rápida as atividades solicitadas e passam a gerar indisciplina no ambiente escolar.
Quanto a segunda reclamação, atesta a inteligência da criança ao cumprir as tarefas com rapidez. A solução é aumentar a quantidade de atividades, assim ela se manterá ocupada e ao mesmo tempo desenvolvendo o seu potencial intelectivo.
Quanto a primeira, a agitação, que muitos classificam como “hiperatividade”, vale ressaltar que a hiperatividade só é levada em consideração a partir de sete anos, pois antes dessa idade, a criança é naturalmente inquieta, tem muita energia, pois o Espírito ainda não consolidou seu processo reencarnatório. Sobre isso, confirma o Espírito André Luiz, no livro Missionários da Luz, citando um colaborador espiritual, que foi designado para acompanhar a reencarnação de um Espírito e este trabalho seguirá “até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado.”
Temos visto crianças menores de sete anos com um comportamento de inquietação que faz parte do processo de desenvolvimento infantil. É questão de direcionamento utilizando paciência, educação, amor e disciplina.
Psicólogos que avaliam as crianças afirmam que a maioria dos casos é falta de limites. Por isso, é imprescindível o equilíbrio e a orientação firme dos pais para conduzir esse Espírito, dentro de diretrizes de comportamento, através de diálogos, bons exemplos e argumentos concisos.
A frequência a uma instituição espírita também auxilia o desenvolvimento desse Espírito. A família encontra ali o tratamento espiritual com o passe, a água fluidificada e atividades apropriadas para cada fase, de forma que recebam esclarecimento e amparo.
A missão de educar um Espírito é repleta de desafios que exige dedicação e perseverança. E, nessa missão, colaborando com os pais, está o Cristo de braços abertos, aguardando ter as crianças bem pertinho dele! Com inquietação ou não.
Verônica Azevedo
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