Educar para a tolerância
Embora a ONU tenha instituído o dia 16 de novembro como o Dia Internacional para a Tolerância, com o objetivo de combater qualquer tipo de preconceito, a promoção dessa virtude deve ser diária e entre todos; porém, na infância, ela é fundamental para a construção de uma geração mais igualitária, inclusiva, respeitosa e acolhedora.

A tolerância tem um papel muito relevante nas relações entre as crianças e seus semelhantes. É importante que elas escutem as opiniões alheias, que aceitem pontos de vista ainda que diferentes dos seus e que consigam conviver bem, tendo uma interação saudável no seu meio, pois elas não nascem tolerantes. A crença de que o mundo gira em torno delas é uma fase normal do desenvolvimento, em que os pequenos ainda não compreendem totalmente a existência do outro com suas necessidades próprias; por isso, o educar para a tolerância deve começar desde cedo.
O ato de tolerar deve ser aplicado entre todos e em qualquer lugar, pois é a lição viva da fé e da igualdade entre os filhos de Deus. Desculpar o erro de alguém não significa concordar com ele. Entender uma ofensa recebida e procurar perdoá-la não representa ratificá-la, mas sim ser compreensivo e caridoso com o ofensor. Evitar entrar em atrito é contornar o mal em favor do bem. Se esses exemplos são demonstrados no ambiente familiar, as crianças se tornarão tolerantes, porque serão filhos de famílias tolerantes. Esse é o primeiro passo para desenvolver nos pequenos essa virtude.
Além disso, pode-se praticar a empatia, explicar as notícias relativas a todas as formas de discriminação, utilizar eventos históricos reveladores da intolerância e suas graves consequências, realizar tarefas domésticas igualmente divididas, não zombar de ninguém, respeitar as diferenças (afinal, somos todos diferentes!) e utilizar histórias, filmes, brinquedos como forma de interiorização dos conceitos fundamentais que levem a uma convivência pacífica.
“A tolerância a todos se impõe como terapia pessoal e fraternal, compreendendo as dificuldades do caído, enquanto lhe distende mãos generosas para o soerguer. (…) Jesus sempre foi severo na educação dos julgadores da conduta alheia” [1].

Tolerar é seguir os passos do Mestre Jesus, que exemplificou essa virtude em diversos momentos da existência terrena e ainda hoje tolera as nossas imperfeições e nossos desvios. E, se desejamos ser amanhã melhores do que hoje, semeemos a tolerância em nós e em nossos filhos, para que, no futuro, a colheita seja fértil e abundante.
Referências bibliográficas:
[1] Jesus e Atualidade, Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Capítulo 5.
Verônica Azevedo
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