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Como seu filho se comporta no transporte público?

Se fosse possível você se tornar invisível e entrar no transporte público com seu filho, na ida ou na volta da escola, você ficaria feliz com o que veria? Será que ele cederia o lugar no banco para alguém com uma limitação física, um idoso, mulheres grávidas ou com crianças de colo?

No Brasil, a lei dos assentos preferenciais (9.452/2017) existe para reforçar o incentivo à igualdade e a inclusão social, determinando que alguns assentos sejam reservados para algumas pessoas.

Ao ceder o lugar, a empatia e o respeito pelo próximo são demonstrados, criando um ambiente de acolhimento tão necessário nos dias de hoje. Não se trata apenas do cumprimento de uma lei, mas a gentileza de ceder o lugar transmite uma mensagem muito forte de solidariedade, reforçando os laços sociais e fortalecendo a confiança entre as pessoas.

Como esses valores estão sendo repassados para nossas crianças e jovens? Essa é uma das muitas posturas que devem fazer parte da estrutura ética do ser. Reclamamos tanto dos comportamentos alheios, mas estamos orientando os que estão sob a nossa tutela, no sentido de agirem conscientemente no bem?

Temos ciência que cada pequena atitude edificante é uma forma de inspiração para que outras pessoas também passem a agir de maneira harmoniosa, criando uma corrente de gentileza que vai se espalhando e contagiando o meio em que vivemos.

Podemos ainda ampliar o leque de opções gentis, como incentivar o uso de fone de ouvido para que o som do celular não seja inconveniente, ter cuidado para que a mochila não incomode os demais, evitar ocupar assentos com objetos pessoais, oferecer ajuda para levar algo que esteja difícil de alguém segurar estando de pé, dar uma orientação correta sobre o trajeto caso alguém esteja em dúvida. Seu filho é um bom exemplo? O que você está presenciando mostra que ele corresponde aos valores que você passou para ele? Sempre é tempo de ensinar. Sempre é tempo de aprender.

Jesus nos alertou, caso não pratiquemos a caridade: “Quando se recusaram a socorrer ao menor destes meus irmãos, vocês estavam recusando ajuda a mim.” (Mateus 25:45). Cada irmão no nosso caminho é o próprio Cristo que se aproxima de nós. Como O temos tratado?

Hoje referimos ao comportamento no transporte público, mas os pequenos gestos podem ser exercidos em qualquer situação do dia a dia. Adotemos essa expressão de respeito e de empatia para todos os ambientes em que nos movimentamos, pois juntos, e incentivando essa nova geração no caminho do bem, faremos a diferença e iremos colaborar na construção de um mundo melhor para todos.

Verônica Azevedo

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