CARE 70

Depressão na infância

Segundo as estatísticas, a prevalência da depressão está entre 0,2% e 7,5% das crianças brasileiras com idade até 14 anos, incluindo bebês! Como nos primeiros anos da atual encarnação os pequenos têm dificuldades em compreender seus sentimentos e em expressá-los, muitas vezes não recebem o auxílio necessário ou somatizam o transtorno, reclamando de dores em diversas partes do corpo, o que dificulta um diagnóstico preciso.

De acordo com o psiquiatra Luis Altenfelder, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a depressão normalmente é diagnosticada depois dos cinco anos de idade, e as causas são multifatoriais: “Não há uma causa única para ocasionar um quadro depressivo”, diz o psiquiatra. “A apresentação dos sintomas da depressão depende da idade e do nível de maturidade da criança. É importante lembrar que o que é comportamento normal e o que caracteriza a doença dependem do contexto em que os sintomas aparecem e dos prejuízos causados por eles.”[1]

Os profissionais da área médica relacionam os seguintes sinais de que a criança pode estar deprimida: dores de cabeça, tristeza constante, urinar na cama com frequência, irritabilidade, aparente perda de alegria em fazer coisas que antes gostava, dificuldade de ficar longe dos pais, fobias diversas, indecisão, grandes variações de peso, alteração nos hábitos alimentares, dificuldade de concentração, isolamento, e não querer ir à escola.

É natural que muitos desses comportamentos sejam apresentados em uma fase do processo de crescimento da criança, sem indicar depressão infantil. Contudo, se associados a outros sintomas, vale a pena uma investigação com um profissional.

Allan Kardec nos diz que “(…) o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que não tenha se despojado em precedentes existências”[2], causando certos transtornos. Daí a importância de buscar auxílio especializado na ciência, assim como o suporte espiritual. Os recursos da prece, dos passes, da água fluidificada, da evangelização e do diálogo familiar devem ser utilizados para o amparo das crianças que apresentem um processo depressivo.

Diante dessa situação, os pais devem se equipar com uma superdose de amor, oferecendo apoio para compreender e solucionar o problema, pois, dentre todas as terapias, a mais eficiente é a ensinada pelo Cristo: “Amai-vos uns aos outros…” (João 13:34), pois somente com amor é possível superar as sombras densas da depressão e alcançar a alegria de viver!

Referências:

[1] https://www.passatempoespirita.com.br/products/quais-sao-os-sinais-de-depressao-em-criancas/

[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 8, item 3.

Verônica Azevedo

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