Afeto: fundamental para um desenvolvimento saudável
O afeto recebido pela criança tem grande influência no seu desenvolvimento, pois o amor e o carinho alimentam as regiões superiores da alma. Quando falamos em afeto, provavelmente nos lembramos de demonstrações de abraços e carinhos físicos. Mas a afetividade também pode ser expressa através de brincadeiras lúdicas, passeios em grupo, conversas edificantes, contação de histórias, músicas, prática de esportes, afazeres domésticos e… a lista é extensa!
Até mesmo o cheiro de uma comida desperta em nós uma memória afetiva, que nos remete à nossa própria infância e nos faz lembrar dos quitutes da vovó! Daí percebemos como pequenos gestos marcam a nossa existência.
Diante disso, constatamos que a interação com adultos e com outras crianças é fundamental para um crescimento saudável, sendo inclusive comprovada pela ciência. Segundo especialistas, o afeto é um dos melhores estímulos que o pequeno pode receber.
Sabemos que a criança é um espírito que já passou por várias reencarnações e que, na atual, está reconstruindo suas estruturas e habilitando o novo corpo ao comando do espírito que, aos poucos, vai se manifestando por ele. Sendo assim, quanto mais ricas forem as experiências no campo afetivo, maiores possibilidades o espírito terá de manifestar todo o seu potencial interior.
Jesus, o nosso Guia e Modelo, exemplificou o afeto às crianças quando estas foram afastadas pelos apóstolos, e Ele lhes disse: “Deixai vir a mim os pequeninos (…). Então Jesus abraçou as crianças e abençoou-as, pondo a mão sobre elas.” (Mc 10:14-16), numa demonstração de carinho, compreensão, fraternidade e aconchego.
A emoção de cada momento vivido tem um papel significativo no processo educacional. A criança compreende o mundo não só sensorialmente, mas também de forma intelectual e afetiva, por isso é tão importante o afeto ser trabalhado em todos os ambientes frequentados pelas crianças.
A benfeitora Joanna de Ângelis, no livro “Diretrizes para o Êxito”, diz que: “A afetividade é o laço de união que liga os indivíduos por meio do sentimento elevado e os impulsiona na direção do Divino Amor.” (cap. 26).
Vale ressaltar que o afeto deve ser dosado para que não se crie em torno da criança uma superproteção. Lembre-se: a troca de afetos não impede a imposição de limites, pois uma educação positiva é pautada no bom senso.
Como espíritas, tendo acesso a um manancial de informações importantes, que possamos dizer que estamos prontos para consolidar o afeto entre esses pequenos seres que Deus nos confiou!
Verônica Azevedo
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