CARE 68

O poder da fé materna

Que fé é essa que as mães possuem? Que força é essa que não há como mensurar? A fé de uma mãe é tão grandiosa, que nem nós, mães, sabemos explicar… Mas, podemos através de alguns exemplos de fé materna, repletas de coragem, determinação e firmeza, compreender que é esta confiança que sustenta, motiva e dá direção a nossa vocação para a maternidade.

Hoje conhecemos Agostinho de Hipona como um Espírito elevado que muito contribuiu para a teologia como também para o Espiritismo, porém ele viveu um período um tanto conturbado na juventude, que durou até o início da sua vida adulta. A escolha de Agostinho de viver fora do Evangelho doía gravemente à sua mãe, mas depois de tantos desafios e muita perseverança, Santa Mônica conseguiu ver o filho se converter ao cristianismo como fruto de suas persistentes orações, pois como afirmava nosso querido irmão Chico Xavier: “A prece de uma mãe arromba as portas do céu.”

Ana é uma personagem bíblica do Antigo Testamento, mencionada no  primeiro livro de Samuel como a mãe do profeta Samuel. Segundo a história bíblica, Elcana, pai de Samuel, tinha duas esposas: Ana e Penina. Enquanto Penina tinha filhos, Ana era estéril. Depois de muito orar com fé, Ana engravidou de Samuel.

Situação semelhante foi a de Rebeca, nora de Abraão, que também teve dificuldades para engravidar e orou a Deus durante vinte anos e foi abençoada com os gêmeos Jacó e Esaú (Gênesis 25:19-23).

Joquebede era uma mulher hebreia e morava no Egito, onde os israelitas eram escravizados. Sua determinação e confiança levaram-na a esconder seu filho Moisés em um cesto nas margens do rio Nilo, para protegê-lo da ordem do faraó de matar os bebês hebreus (Êxodo 2:1-4). Sua valentia permitiu que Moisés crescesse e se tornasse um líder importante na libertação do povo de Israel.

Outro exemplo muito comovente da fé materna é da mulher cananeia (Mt 15: 21-28) que foi até Jesus pedir ajuda para sua filha, e mesmo sendo ignorada num primeiro momento, ela perseverou e Jesus elogiou sua grande fé e curou a sua filha.

Educar um filho é sempre uma missão (LE, q. 582) e dessa forma, podemos imaginar o nível de responsabilidade assumida por Maria de Nazaré, que se dedicou com amor, carinho e renúncia àquele filho que desempenharia árdua missão entre os homens. Alicerçada pela crença inabalável, Maria sofreu, mas sem revolta, e seu exemplo deve nos inspirar a enfrentar os desafios da vida com muita convicção e ânimo, pois não estamos desamparados pela misericórdia divina.

Que esses exemplos aqui relacionados possam nos iluminar, dando-nos a coragem e a fortaleza necessárias, para caminharmos com segurança e fé na estrada da maternidade.

Verônica Azevedo

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