Repetição, a base do aprendizado
Muito comum, crianças até os quatro ou cinco anos assistirem inúmeras vezes o mesmo desenho animado, pedirem para ouvir a mesma história ou cantarem várias vezes a mesma música, sem demonstrarem cansaço ou tédio. Por que isso acontece? Porque elas precisam da repetição para aprenderem.
A repetição é ponto essencial no desenvolvimento do intelecto, pois estimula a aprendizagem e alimenta os pormenores daquilo que está sendo ensinado. Cada vez que a criança assiste ao mesmo desenho, ela consolida informações que já teve acesso e, ao mesmo tempo, vai detectando algo que não havia percebido antes. Lembremos que a formação da memória é a base da aprendizagem e aprendemos repetindo!
Nessa fase, a criança também imita tudo o que o adulto faz, embora sem discernimento para distinguir o certo do errado. Por isso, a responsabilidade dos que estão sendo “filmados”, porque seus exemplos funcionam como estímulos no processo educacional.
Durante muitos anos predominou a visão de que as crianças nasciam e construíam a sua história a partir do zero. Você provavelmente já ouviu falar em páginas em branco para demonstrar que a criatura vinha ao mundo físico sem nenhum histórico. Mas, com o advento da Doutrina Espírita, fomos esclarecidos que todos que aqui reencarnam já trilharam uma longa jornada.
“É certo que, no corpo infantil encontra-se normalmente um espírito com alta carga de vivências, nem sempre dignificantes, merecendo, por isso mesmo, salutar orientação desde muito cedo e o equilíbrio direcionador para as ações saudáveis”, afirma Joanna de Ângelis, no capítulo 10 do livro Constelação Familiar, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
A existência humana é apoiada na repetição dos ensinamentos necessários para a evolução. Já afirmava Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência então não é um modo de agir, mas um hábito”. Dessa maneira, comportamentos positivos, ensinados por Jesus, devem ser inseridos e repetidos na educação infantil, para impulsionar o despertamento das virtudes.
A criança ao ser aproximada do Mestre, ao ouvir as parábolas, conhecer a sua história, se emocionar com suas atitudes, permite que Ele penetre em seu coração, e, quando isso acontece, a transforma em testemunho vivo do bem e do amor.
Atitudes que demonstram respeito, empatia, gratidão, paciência, bondade, entre tantas, podem e devem ser repetidas, para que a caminhada desses pequeninos seja repleta de boas conquistas!
Verônica Azevedo
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