Comentando Kardec
O Livro dos Espíritos
Capítulo IX Anjos da Guarda, Espíritos protetores, familiares e simpáticos
489 – Há Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo? “Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”
490 – Que se deve entender por anjo de guarda ou anjo guardião? “O Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada.”
491 – Qual a missão do Espírito protetor? “A de um pai em relação aos filhos: conduzir o protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas aflições, animá-lo nas provas da vida.”

Essas três perguntas feitas por Allan Kardec vêm nos trazer um consolo: saber que podemos contar com um(a) mentor(a), de ordem bem mais elevada do que a nossa, que aceitou ser nosso avalista. Protetor da nossa reencarnação. Alguém que nos conhece, sabe de nossos pontos fracos e fortes e que nos ajudou a traçarmos nosso plano reencarnatório e que assinou conosco nosso compromisso de darmos conta do que planejamos.
Quantas vezes passamos por desafios e nem nos lembramos de que temos um amigo querido que vela por nós. Desesperamo-nos, deprimimo-nos sem fazermos uma só prece ou recorrermos a esse bom Espírito. O convite é para ficarmos mais íntimos deste ser e nos aconselharmos com ele. Perguntemos seu nome e peçamos que nos inspire a melhor maneira de vencermos a etapa pela qual estamos passando. Com certeza ele[a] não se negará a nos ajudar, estimulando-nos à coragem, ao bom ânimo e intuindo-nos a perseverarmos no melhor caminho.
Além do nosso bom gênio, temos vários outros amigos espirituais que nos ajudam em nossa evolução; são parentes, amigos desencarnados, mentores da casa religiosa que frequentamos, ou aqueles que são gratos ao que fizemos a seus entes queridos e amigos por meio de uma ajuda financeira, uma orientação, uma prece, um passe.
Nunca estamos ao desamparo. Sempre temos quem nos inspire o bom caminho. A literatura espírita está repleta de exemplos do quanto somos amparados. Basta estarmos dispostos a ter bom ânimo, paciência, a abrirmos mão dos vícios, da preguiça e da acomodação e buscarmos a melhor solução.

Jesus disse: “Se me pedirdes algo, em meu nome, eu o farei. Se me amardes, observareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paracleto (o Consolador), a fim de que esteja convosco para sempre. O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o contemplou nem o conhece; vós o conheceis, porque permanece junto de vós e estará entre vós” [1].
Referências bibliográficas:
[1] Evangelho de João, Capítulo 14, Versículos 14 a 17.
Ângela M. Camargo
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