Comentando Kardec
O Livro dos Espíritos
Introdução
“A verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por um estudo perseverante feito no silêncio e no recolhimento. Porque, só dentro dessa condição se pode observar um número infinito de fatos e particularidades que passam despercebidos ao observador superficial e firmar opinião. O mérito que apresenta cabe todo aos Espíritos que a ditaram…
A razão nos diz que entre o homem e Deus outros elos necessariamente haverá. Que filosofia já preencheu essa lacuna? O Espiritismo no-la mostra preenchida pelos seres de todas as ordens do mundo invisível, e estes seres não são mais do que os Espíritos dos homens nos diferentes graus que levam à perfeição.”

O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, comemorou, em abril, 168 anos. Agradecemos à espiritualidade amiga esse presente que nos traz informações que nos ajudam a nos transformarmos em seres melhores. Por isso o convite que ele nos faz a um estudo perseverante feito no silêncio e no recolhimento.
Quem é o médium? É um enfermeiro especializado ou mensageiro da esperança. É alguém que necessita desenvolver disciplina mental e equilíbrio emocional.
Muitos trazem a ideia falsa de que o médium é um santo ou um iluminado, quando, na verdade, é um ser humano com conquistas e desafios iguais aos nossos. Várias vezes é alguém que cometeu erros graves no passado e vem com a mediunidade como uma forma de se melhorar e evoluir.
Devemos às jovens médiuns como Caroline e Julie Baudin, de 16 e 14 anos, e a Celine Japhet, de 18 anos, e a outros vários que ajudaram Allan Kardec a codificar a Doutrina Espírita.
Segundo a resposta de Emmanuel à questão 387 do livro O Consolador, a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.
Quem se alista nas fileiras do Espiritismo é compelido, naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral, a seguir Jesus, nosso modelo e guia. Não quer mais ser violento ou grosseiro, maledicente ou ingrato, leviano ou infiel. Abandona os vícios da bebida, do cigarro e das demais drogas ilícitas.

A missão do médium é ser um instrumento que serve de ponte entre os encarnados e os desencarnados, trazendo mensagens, suas experiências passadas que nos edificam ou nos servem de alerta para fazermos diferente, para não passarmos pelas dores que eles estão sofrendo. Temos em nosso país um celeiro de grandes médiuns, como Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, José Raul Teixeira, Yvonne do Amaral Pereira, José Arrigó e outros que contribuíram para difundir a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, em nossa terra.
Ângela M. Camargo
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