O Livro dos Espíritos
Parte Segunda – Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos
Capítulo IX
Da intervenção dos Espíritos
Anjos da guarda, Espíritos protetores, familiares ou simpáticos
491. Qual a missão do Espírito protetor?
“A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.”
492. O Espírito protetor se dedica ao indivíduo desde o seu nascimento?
“Desde o nascimento até a morte e muitas vezes o acompanha na vida espírita, depois da morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.”
Como Deus é um pai misericordioso, nos oferece um Espírito Protetor que tem como missão nos orientar na jornada terrestre.
A cada etapa reencarnatória, retornamos com um corpo novinho, do qual teremos que prestar contas do empréstimo que nos é ofertado.
E para essa nova jornada, além de uma família, teremos a nos acompanhar um Espírito de alta envergadura, que aceitou a tarefa de nos ajudar durante essa etapa carnal.
Apesar disso, muitas vezes esquecemos que não estamos sozinhos, que temos um anjo, um tutor que nos ama muito, que nos conhece de outras etapas e que tem a missão de nos ajudar para que, ao sairmos desse corpo, tenhamos muito mais acertos que desacertos.
Devemos acreditar que nunca estamos sozinhos. Podemos escolher andar sob a proteção do nosso guia e do mestre Jesus ou, ao contrário, buscarmos a loucura, a ilusão e a mentira. Ele vai estar do nosso lado, inspirando ações corretas e nos ajudando nos momentos de crises.
Porém, se seu tutelado escolher o caminho da rebeldia, de fazer suas próprias escolhas, mesmo que saiba que estão erradas, seu mentor irá deixá-lo experimentar os desequilíbrios e suas dores. Ficará afastado, mas não o abandonará. Ao mínimo desejo de mudança que ele perceba no encarnado, voltará a guiar e a estimular seu pupilo a novas atitudes e comportamentos.
Pergunte, busque saber seu nome. A inspiração do nome virá.
Tenhamos o hábito de conversar com nosso anjo guardião, criemos intimidade com ele(a). Peçamos ajuda para resolvermos nossos desafios e tenhamos a certeza de que a resposta chegará.
A melhor forma de nos conectarmos ao nosso(a) mentor(a) é pela oração. Criemos o hábito de agradecer as bênçãos recebidas; o mal que poderia ter acontecido e foi evitado e pelo que de ruim aconteceu. Com certeza, sem a proteção desse amigo(a), estaríamos em condições mais desafiadoras.
Nas horas de desespero, lembremos que temos um guia, enviado pelo nosso Pai, para nos orientar e nos intuir a afastarmo-nos dos precipícios, dos descaminhos. Tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Ângela M. Camargo
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