CARE 57

O Livro dos Espíritos

Parte terceira – Das leis morais

Capítulo 6 – Da Lei de Destruição

A Guerra

743. A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?

— Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então, todos os povos serão irmãos.

745. Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito?

— Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer a sua ambição.

A pandemia não foi capaz de apaziguar o espírito bélico que trazemos dentro de nós. Ainda visualizamos cenas de horror, de destruição de brutalidade por conta da guerra.

Jesus está conosco há mais de dois mil anos e ainda não aprendemos, nem praticamos o Seu mandamento maior. “Amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e amar o seu próximo como a si mesmo”[i].

Todos almejamos pelo dia que na Terra não tenha mais oprimidos nem opressores. Esse momento depende da nossa transformação para melhor; quando vencermos o homem velho e belicoso que ainda habita dentro de nós e buscarmos ver a todos como irmãos, membros da mesma família universal.

André Luiz, no livro Nosso Lar, narra seu aprendizado com a II Grande Guerra como trabalhador daquela colônia. Ele conta que: “o Governador determinou que todos tivessem cuidado na esfera do pensamento, preservando-os de qualquer inclinação menos digna, de ordem sentimental.”

E continua: “Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai e pagará preço terrível. Nos acontecimentos os países agressores convertem-se em núcleos poderosos de centralização das forças do mal. Coletividades operosas convertem-se em autômatos do crime. Mas, enquanto os bandos escuros se apoderam da mente dos agressores, os agrupamentos espirituais da vida nobre movimentam-se em auxílio dos agredidos”[ii].

E nós o que podemos fazer em benefício dos agressores e agredidos?

Busquemos não julgar, evitemos comentários negativos, aumentemos nossa vigilância e nossas preces. Oremos pelos dirigentes de todas as nações para que tomem medidas que ajudem positivamente em benefício da paz, do socorro das vítimas de ambos os lados.

A paz começa em nós, se queremos um mundo pacífico aprendamos a agir, ao invés de reagir. Lembrando que as palavras são poderosas, devem sempre ser usadas para o bem. Não soframos pelo que os outros pensam ou dizem. Não levemos nada para o lado pessoal. Busquemos o autoconhecimento e a educação do nosso pensamento, tornando-nos ponto final de fofocas e de notícias falsas.


[i] Mateus, 22:37:39.

[ii] Nosso Lar, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 41.

Ângela M. Camargo

Página 6