O Livro dos Espíritos
Parte terceira – Das leis morais
Capítulo II – DA LEI DE ADORAÇÃO
A Prece
658. Agrada a Deus a prece?
“A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim, preferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada-Lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creias que o toque a do homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.”
Jesus em várias passagens de Sua vida comentou sobre a prece: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto interno e, fechada a porta, ora ao teu Pai em segredo e teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.”[i] – “Vosso Pai sabe do que tendes necessidades, antes de pedirdes a ele.”[ii] – “Orai assim: e Ele ensinou a oração do Pai Nosso.”[iii]
O Mestre nos alertou qual a melhor maneira de nos conectarmos com o alto, estimulando a orarmos em secreto, para que as palavras vibrem amor e gratidão.
Reforçando que a prece deve, de preferência, sair do íntimo de nós como uma conversa com nosso Pai.
Todas as preces devem ter três etapas: louvar, pedir e agradecer.
Louvar ao Senhor do Universo, que sempre nos ampara. Pedir aquilo de que estamos necessitados e agradecer todas as bênçãos recebidas em abundância a cada dia.
O livro Nas Fronteiras da Loucura cita: “O Centro de Comunicações do Posto registrava apelos e tomava decisões, encaminhando assistentes hábeis para cada tipo de necessidade”[iv].
Em todos os cantos do planeta existem centros como esse, que recebem as preces afervoradas daqueles que necessitam de ajuda, para os quais são providenciados amparo e soluções.
Nunca estamos sozinhos. Nosso Pai vela por nós. Apesar d’Ele saber das nossas necessidades, se alegra quando nós humildemente rogamos forças e proteção para agirmos no bem.
Busquemos orar pelos nossos semelhantes que passam por momentos desafiadores, pelos amigos e conhecidos como também pelos anônimos e desconhecidos necessitados de auxílio.
Nos tornemos intercessores, formando essa enorme corrente daqueles que ajudam
no que podem e pedem por aqueles que estão doentes, depressivos, desempregados,
desesperados, pelas guerras, pelas dores, pela fome.
Nenhuma prece sincera, feita com unção e amor,
fica sem resposta. Nem sempre a resposta é a que desejávamos, porém, será
aquilo que precisamos para o nosso desenvolvimento íntimo.
[i] Mateus 6:6.
[ii] Mateus 6:8.
[iii] Mateus 6:9.
[iv] Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco.
Ângela M. Camargo
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