Os benefícios da oração
Nos últimos anos, temos observado que milhares de estudos científicos de diversos níveis vêm mostrando que a prática da religiosidade, principalmente a oração, exerce uma influência positiva na recuperação de enfermidades e na vida prática das pessoas que a inserem em suas rotinas. Até os doentes terminais sentem bem-estar com a oração, apesar de seu estado crítico.
Essa ligação com o Criador deve se tornar um hábito em nossas vidas. A prática regular nos conecta constantemente à Energia Divina e não deve ser uma ação esporádica. A oração habitual gera força, equilíbrio e harmonia, aproximando-nos do Pai.
O Dr. Randolph Byrd, cardiologista do Hospital de São Francisco, na Califórnia, EUA, cita os resultados de seus estudos, demonstrando que pessoas que adotam práticas religiosas ou se dedicam a alguma forma de espiritualidade apresentam 40% menos chances de sofrer de hipertensão arterial, são imunologicamente mais fortes, hospitalizam-se menos, recuperam-se mais rapidamente de doenças e tendem a sofrer menos de depressão.
Harold G. Koenig, psiquiatra da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, EUA, também demonstrou o efeito das crenças espirituais, incluindo a oração, na saúde das pessoas. Esse estudo está registrado em seu livro Espiritualidade no Cuidado do Paciente.
A Doutrina Espírita nos aconselha a prática constante da oração. Através da prece, realizamos três ações: louvar, pedir e agradecer (O Livro dos Espíritos, questão 659).
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 21, item 15, Kardec comenta: “O poder da prece está no pensamento. Não depende de palavras, nem de lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento.”
Emmanuel ensina que “a oração refrigera, auxilia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa o coração ao serviço divino. Não olvidemos, porém, que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós mesmos” (Vinha de Luz, capítulo 21).
No entanto, devemos ter discernimento para compreender que nem tudo o que pedimos é realizado conforme nossos desejos.
Ao analisarmos Mateus 21:22, lemos: “Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” Kardec pondera sobre essa passagem: “Seria ilógico concluir dessa máxima: ‘Seja o que for que peçais na prece, crede que vos será concedido’, que basta pedir para obter, assim como seria injusto acusar a Providência de não atender a toda súplica que lhe é feita, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para o nosso bem. É assim que procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. O homem, em geral, só vê o presente” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 27, item 7).
Assim, nossa oração, seja dirigida ao Pai ou a qualquer entidade que nos importe naquele momento, deve estar baseada em um profundo sentimento de gratidão. Só depois devemos pedir aquilo que for para o nosso maior proveito, confiando nos desígnios que nos regem.
Façamos nossa parte, cada vez com mais qualidade e esmero. A fé e a convicção realizam milagres.
Fernando Emílio Ferraz Santos
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