CARE 53

Fraternidade, solidariedade e caridade com vistas à justiça e à paz

São chegados os tempos, anuncia Allan Kardec, em título, no último capítulo de A gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo.

São chegados os tempos em que as evoluções dos corpos celestes produzem, harmonicamente, as transformações astronômicas como a mudança da posição do eixo da Terra, como geológica, como os cataclismas em geral, a mudança climática, a crise hídrica.

São chegados os tempos também em que grandes transformações se operam no íntimo dos seres humanos, os Espíritos que habitamos, na crosta e no plano espiritual, esta bólide celeste que os gregos chamavam de Gaia em referência ao seu potencial gerador de vida, de abundância, de experiências.

São chegados os tempos da regeneração, do início da evolução de todos nós, Espíritos, de retorno à gênese, à origem, aos princípios que sustentam a nossa realidade: aqueles princípios originados nO Próprio Criador, nosso Pai, Deus Eterno e Imutável, Causa Primária de todas as coisas e Inteligência Suprema.

Nestes tempos, que são os nossos, adverte-nos o insigne lionês – codificador dA Doutrina dos Espíritos que são as virtudes dos Céus – de que a fraternidade deverá ser o princípio a partir do qual se instaurará, diretriz geral de conduta, a solidariedade nos termos éticos da caridade conforme a entendia Jesus com vistas à justiça e à paz.

Fraternidade que foi anunciada, vivida e demonstrada por Jesus – nosso Modelo e Guia de humanidade – e que é apresentada por Kardec como princípio de nossas ações neste mundo de expiações e provas em momento de transição.

Solidariedade que deve ser o corolário da adesão consciente por meio de fé raciocinada no princípio da fraternidade universal afirmado por Jesus na cruz infame ao final do calvário.

Caridade que deve ser vivida nos termos que a entendia Jesus, conforme orientam os Espíritos em questão proposta por Kardec quando da Codificação: benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas.

Fraternidade, solidariedade e caridade com vistas à justiça e à paz social; esta grande Sociedade que deveríamos compor uns em relação aos outros no cosmo infinito: o oceano dO Amor de Deus no qual, segundo a benfeitora Joanna de Ângelis, estamos todos mergulhados.

Josemare Pires
Paulo Henrique Monteiro

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