O aprendizado

O Mestre Nazareno nos ensinou, na passagem narrada pelo evangelista Mateus, no capítulo 15, versículo 10: “… Ouvi e entendei. Não é o que entra na boca o que torna comum (impuro) o homem, mas o que sai da boca, isso torna comum (impuro) o homem.” (Grifo nosso).

Diante do momento atual de pandemia destacam-se as práticas exteriores de cuidado com o corpo, não por uma questão de tradição, como a judaica, mas por uma questão de sanidade física.

Mas, devemos observar dentro da perspectiva da imortalidade da alma, o cuidado para não nos assemelharmos aos sepulcros caiados (Mateus 23:27), apresentando um corpo sadio e um coração ainda repleto de imperfeições, consolidadas no decorrer de várias encarnações.

A jornada neste orbe não tem como objetivo primordial a purificação do corpo, através dos rituais exteriores, mas os ritos internos de sanidade dos pensamentos, das emoções e dos sentimentos.

Viver de forma integral para a conservação do corpo físico, dentro desta crise pandêmica, é como desfrutar do sumo de um fruto que ainda não amadureceu.

A nossa necessidade não é a colheita, mas sim o trabalho na charrua e a escolha da semente a semear, pois o bom agricultor não colhe fruto verde, conhece o que plantou e espera o tempo certo da colheita na vinha do Senhor.

Afonso Celso Martins Pereira