A caridade
Quando começamos a refletir sobre este grande compromisso do espírito imortal, especialmente quando focamos a presente encarnação, percebemos que à medida em que o cumprimos, vamos alicerçando a construção da felicidade almejada por todos nós. Contudo, vemos na questão 922 de O Livro dos Espíritos, que nos informa, resumidamente, que a felicidade é alcançada quando temos a posse do necessário, a consciência tranquila, a fé no futuro.
Conquanto, tenhamos muitos desdobramentos para análise relativos à felicidade almejada, podemos também objetivamente, ter em mente, que no cumprimento do primeiro e segundo mandamentos da Lei Divina, “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” (Mt, 22:36-40), na medida em que auxiliamos nosso próximo a ter a posse do necessário, estamos simultaneamente ajudando-o a construir sua felicidade e construindo a nossa.
Se praticamos, então, a caridade material e a caridade moral (ESE, XIII: 9) ensinando-o a buscar seu próprio sustento – promovendo-o, estaremos auxiliando-o a ter a consciência tranquila pelo esforço de sua melhora e de seus familiares, estaremos também tranquilizando a nossa consciência de estarmos sendo fiéis a Deus, nosso Pai. (1 joão, 1:9; II Tim, 211-13.).
Finalmente, dentro desse pequeno viés proposto para esta análise, estaremos acionando dentro de nosso irmão a fé no futuro, desenvolvendo, assim, dentro de si, a certeza da imortalidade da alma e do objetivo da encarnação junto àqueles que caminham na busca da felicidade; assim, perceberemos que a felicidade é uma construção coletiva, dia a dia, melhorando-se e auxiliando o outro, numa sequência natural da vida em seu processo infinito de evolução.
Em todo este desdobrar do infinito, iluminando e iluminando-se, todos caminharemos sob a Luz, nos identificando com o primogênito – Jesus Cristo (Colossenses, 1:15-20) e sendo fiéis a Deus, correspondendo em plenitude ao seu amor por todos nós. (Jo, 3:16).
Geraldo Sebastião Soares
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