Renovação e vida
Vida é movimento. Vida é renovação, ainda que em alguns momentos haja turbulência.
Observando a história de longuíssima duração do planeta, o que vemos? A formação da Terra se deu, aproximadamente, há quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Neste tempo, passou por numerosos fenômenos violentos, pelas eras glaciais, por fenômenos sísmicos como os terremotos e por erupções vulcânicas. E o que temos então? Florestas e rios exuberantes com que Deus presenteou a espécie humana.
De lá para cá, viemos encarnando e reencarnando no propósito de evoluir e progredir.
O livro A Gênese, codificado por Allan Kardec nos informa que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo.” (capítulo III, item 21)
Nós, como seres humanos, também estamos em movimento constante. Nosso movimento, nosso propósito de existir, deve ser para o nosso crescimento espiritual. Os fenômenos graves que acontecem, como a pandemia que ora assola toda a humanidade do planeta Terra, nos faz estremecer e também faz com que nos repensemos, que nos solidarizemos com o outro. Quantos e quantos estão carecendo de alimentos e remédios, quantas pessoas estão solitárias à espera de um sorriso, de uma palavra amiga, on-line ou através de outros recursos, naturalmente, pois precisamos respeitar o distanciamento social.
Houve um momento na Terra extremamente renovador que foi trazido com a presença de Jesus, o núncio da Boa Nova. Nele, o Meigo Nazareno traz o mais significativo de todos os convites para o movimento de renovação. Jesus ensinou e exemplificou o amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Suas parábolas têm o dom de nos fazer olhar para dentro de nós mesmos. O Evangelho nos traz informações para colocarmos e vivenciarmos no nosso dia a dia. E são tão atuais como quando há mais de dois mil anos foram pronunciadas.
Agora, estamos vivenciando situação que nos leva a repensarmos a nós mesmos, a necessidade de nos renovarmos interiormente e agradecermos a Deus o dom da vida – não só a vida física, mas vida espiritual, pois somos espíritos imortais, filhos de Deus.
Ana Lúcia Araújo
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