CARE 78

Para e pensa

“…E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá…” — Jesus [1]

“O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.” [2]

Refletindo nesta bela página de Emmanuel e na citação de Jesus referenciada, bem como na citação de Allan Kardec em O evangelho segundo o Espiritismo, também em referência, somos levados realmente a parar um pouco na desabalada corrida. O momento é muito apropriado neste período de Natal, bem como ao encerrar de um ciclo de tempo e abertura de outro. Verificamos assim quantos equívocos foram cometidos nestes tempos corridos, apesar de tantos esclarecimentos que a doutrina espírita nos proporciona. Tantas informações nos levam a detectar o erro, porém aumentam nossa responsabilidade; daí a orientação do Cristo desdobrada por Emmanuel nestas orientações; senão, corremos o risco de continuarmos vendo o erro dos outros e esquecendo dos nossos.

Quando percebemos o erro, nos pegamos às vezes totalmente desarmonizados, sofrendo mesmo atribulações. Neste caso, mais que nunca, devemos observar a orientação de Emmanuel [3]: “…se desatinos dessa ou daquela procedência te visitam a alma, entra em ti mesmo e acende a luz da prece, reexaminando atitudes e reconsiderando problemas, entendendo que a renovação somente será verdadeira renovação para o bem, não à custa de compreensões exteriores, mas se projetarmos ao tear da vida o fio do próprio pensamento, intimamente reajustado e emendado por nós.”

Neste período em que nos vinculamos mais a Jesus, precisamos colocar em prática seus ensinamentos e estaremos simultaneamente nos inserindo nestas preciosas orientações de Emmanuel.

Levando-se em conta que, ao iniciar também um novo ciclo, período de ano novo, é comum fazermos novos projetos, novos propósitos, e não os há melhores do que o desafio de vivenciar Jesus, cujos ensinamentos nos levam a “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, bem como a base da lei: “fazer ao outro o que quereis que vos façam”. Paremos um pouco, pensemos, façamos um balanço de nossa existência, verifiquemos se nesta existência realmente estamos enriquecendo nossa vida. Até que ponto estou realmente aproveitando estes ensinamentos advindos desta doutrina consoladora?

O benfeitor espiritual Militão Pacheco, no livro O Espírito da Verdade, ditado por espíritos diversos na psicografia de Francisco C. Xavier, em seu capítulo 18, ao final de sua mensagem, nos enriquece sobremaneira o coração quando diz [4]: “…vives novamente na carne para o burilamento de teu espírito. A reencarnação é o caminho da grande luz. Ama e trabalha. Trabalha e serve.

Perante o bem, quase sempre, temos sido somente constantes na inconstância, fiéis à infidelidade, esquecidos de que tudo se transforma, com exceção da necessidade de transformar.”

Muita paz, abraços com Jesus — sempre!

Referências bibliográficas:

[1] O Novo Testamento, Lucas 12:48.

[2] O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XVIII, Item 12.

[3] O Livro da Esperança, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, Capítulo 57.

[4] O Espírito da Verdade, Espíritos diversos/Francisco Cândido Xavier, Capítulo 18.

Geraldo Sebastião Soares

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