Confiança sempre

“(…) e os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram, com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E respondendo-lhe Pedro disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E Ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: homem de pequena fé, por que duvidaste? E, quando subiram no barco, acalmou o vento. (…)” (Mt, 14:26-32).

Essa passagem do Evangelho nos leva a profundas meditações, mesmo não analisando minuciosamente, como nos orienta o método do EMEJ (Estudo Minucioso do Evangelho de Jesus).

Alguns destaques podemos analisar, como a expressão “tende bom ânimo…”, já que os desafios a que somos chamados a cada momento, e que exigem de nós muito esforço e muita vontade, precisamos trabalhar a certeza da presença de Jesus junto a cada um de nós, sempre.

Nestes dias tumultuosos em que vivemos, corremos o risco de nos sentirmos afundar, mas precisamos lembrar de alguns aspectos desses grandes ensinamentos. Um deles é que, quando Pedro pede a Jesus que o permita andar por sobre as águas, imediatamente Jesus o permite, e ele andou… contudo, começou a afundar quando perdeu o foco de Jesus. Por quê? O vento bateu mais forte, ele desviou sua atenção e fraquejou. Esse ensinamento é extremamente profundo, porque, por mais difíceis que estejam os desafios, não podemos perder o foco. O tumulto pode acontecer “fora”, não “dentro” de nós; mesmo quando os ventos são fortes, temos que nos lembrar de que a confiança em Deus e no Divino Mestre deve ser inabalável.

Percebemos que Pedro, mesmo perdendo o foco e afundando, clamou por Jesus, e o Senhor, imediatamente lhe estendeu as mãos e o levantou. E, junto com ele, subiu no barco. Logo após subirem no barco, o que acontece? Jesus acalma os ventos… extraordinário o momento. Vemos assim que não existe vento ou onda do mar que possa nos atingir quando estamos com Ele, sempre Ele.

Hoje, quando o homem alcança a lua e o fundo do mar já não é mais desconhecido, precisamos lembrar que precisamos buscar a “terra” de nossa intimidade, porque esta sim, precisa ser mais explorada. Na maioria das vezes, quando perdemos a fé, a confiança, o foco, é porque falta nos conhecer um pouco mais. Verificamos então que está nos faltando o alimento da alma, e não há melhor alimento senão a leitura e meditação nos ensinamentos do Evangelho.

Jesus, quando outrora prometeu o Consolador, sabia que precisaríamos de mais esclarecimentos para entendermos sua mensagem de amor. Apoiados nesse todo de informações “graníticas, inamovíveis”, nos dizeres do Espírito Vianna de Carvalho, só temos a agradecer a Jesus por tanto amor.

Afinal, apoiados nos ensinamentos espíritas, podemos caminhar por entre as imensas dificuldades do caminho, com o novo ponto de vista esclarecido que ela nos traz: a imortalidade da alma, a caminho da perfeição e da felicidade, na certeza de que o amanhã será muito melhor.

Geraldo Sebastião Soares

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